quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

"Locais de cultos muçulmanos na França são alvo de atos criminosos !"

Capa de uma edição da revista francesa Charlie Hebdo
Locais de culto muçulmano foram alvo nas últimas horas de atos criminosos em três cidades da França, um dia depois do ataque ao jornal Charlie Hebdo
Yoan Valat/Agência Lusa/direitos reservados

Locais de culto muçulmano foram alvo nas últimas horas de atos criminosos em três cidades da França. Os ataques não causaram vítimas disseram fontes judiciais um dia depois do ataque contra o semanário francês Charlie Hebdo, em que 12 pessoas foram assassinadas e 11 ficaram feridas.
Em Mans – Oeste do país –, foram lançadas três granadas e feito pelo menos um disparo contra uma mesquita em um bairro popular pouco depois da meia-noite.
Em Port-La-Nouvelle – Sul da França –, houve disparos contra uma sala de oração muçulmana durante a noite, cerca de uma hora depois do fim da oração, disse o procurador em Narbonne, David Charmatz.
“Obviamente é alguém que quis se vingar”, declarou Charmatz, após ser perguntado sobre uma possível ligação com o atentado de ontem contra o jornal, em Paris.
Na madrugada de hoje (8), ocorreu uma explosão de origem criminosa na frente de um restaurante de kebab (especialidade árabe) perto de uma mesquita em Villefranche-sur-Saône, Centro-leste da França.
O presidente da Câmara da cidade, Bernard Perrut, admitiu que o ato possa estar ligado à “situação dramática” criada pelo atentado da véspera, apelando “à coesão, unidade e respeito”.

Os dois suspeitos do atentado contra o jornal francês Charlie Hebdo foram vistos hoje (8) de manhã no Norte da França a bordo de um automóvel Clio cinza e com armas de guerra, indicaram fontes próximas da investigação.
O gerente de um posto de gasolina perto da pequena cidade de Villers-Cotterêts “reconheceu formalmente os dois homens suspeitos de terem participado no atentado ao Charlie Hebdo”, explicou uma das fontes.
Os dois homens portavam rifles kalachnikov e lança-foguetes, confirmou outra fonte, adiantando que a placa do carro em que estavam “não corresponde ao veículo”.
Uma fonte policial disse que as brigadas de intervenção “receberam ordem para se equipar com espingardas de assalto e equipamento de proteção”.
As forças de segurança francesas lançaram uma intensa operação para encontrar os dois homens, os irmãos Chérif e Said Kouachi, de 32 e 34 anos, respectivamente, suspeitos da autoria do ataque de ontem, em Paris, que causou 12 mortos.
Chérif é um jihadista conhecido dos serviços antiterroristas franceses, tendo sido condenado em 2008 a três anos de prisão, pela participação numa rede de envio de combatentes para a Al Qaeda, no Iraque.

O terceiro suspeito do atentado ao Charlie Hebdo, de 18 anos, foi detido depois de se entregar às autoridades.

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