segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Nos principais estados, fim de ano já dita panorama das eleições de 2014


Com o fim de 2013 e a chegada do próximo ano eleitoral, que definirá os novos governadores do país, o clima de campanha já pode ser percebido nas corridas estaduais. As recentes pesquisas já dão um panorama adiantado do resultado das próximas eleições, realizadas daqui a menos de um ano. Nos principais estados, como Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Bahia, os seus possíveis candidatos já são avaliados pela população e levantamentos apontam os favoritos. Em São Paulo, o atual governador Geraldo Alckmin (PSDB) seria reeleito no primeiro turno, de acordo com pesquisa do Datafolha divulgada no início deste mês. No Rio, a disputa está acirrada entre o deputado federal Anthony Garotinho (PR) e o ministro da Pesca Marcelo Crivella, do PRB.
As pesquisas sobre os candidatos ao Palácio Guanabara apontam para uma disputa acirrada. Em um cenário com nove candidatos, a corrida eleitoral no estado fluminense aponta para diferentes resultados. O Ibope dá a primeira colocação para Crivella (PRB) e o Datafolha, para o ex-governador Anthony Garotinho (PR). Na pesquisa do Datafolha, realizada no fim de novembro, o ex-governador e deputado federal Anthony Garotinho (PR) lidera a corrida com 21% das intenções de votos, seguido do senador Lindbergh Farias (PT), tecnicamente empatado com Marcelo Crivella. Ambos aparecem com 15% dos votos.
Em um cenário sem Marcelo Crivella, substituído pelo possível candidato do PSDB, o técnico de vôlei Bernardinho, Garotinho teria 24% dos votos, e o percentual de Lindbergh sobe para 19%. Com a candidatura de Crivella, o vereador César Maia, do DEM, somaria 12%, contra 11% sem o ministro da Pesca.  Nas duas possibilidades, Pezão (PMDB) aparece com 5% e 7%, respectivamente.  Miro Teixeira, do Pros, aparece com 3% e 5%, na disputa. O técnico Bernardinho chegaria a 2% das intenções de voto.
Já a pesquisa do Ibope, que conta com todos os nove possíveis candidatos, mostra Crivella na primeira posição, com 16%, seguido de Garotinho, com 13%. O senador petista Lindbergh aparece com 11% e a quarta colocação fica com Jandira Feghali, do PCdoB, com 6%. O vereador César Maia fica com 5%, seguido do candidato do governador Sérgio Cabral, Luis Fernando Pezão, com 4% e empatada com o peessedebista Bernardinho. Miro Teixeira aparece com 2% dos votos.
Já na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes, Alckmin desponta com larga vantagem em relação aos concorrentes. Na disputa com o atual governador paulista, devem estar o pré-candidato do PT, Alexandre Padilha, atual ministro da Saúde, o peessedebista Paulo Skaf, e ainda o ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, do PSD. Neste cenário, Alckmin aparece com 43% dos votos, e seria reeleito no primeiro turno, com alta de três pontos em relação à última pesquisa, realizada em junho. Skaf vem logo atrás, com 19%, e Kassab conquistaria 8% dos votos paulistas. O candidato do governo federal, Alexandre Padilha, apareceria com apenas 4%, na quarta posição. Apesar disso, Padilha afirmou que “não esperava outro resultado”, pois ainda está “dentro da garagem” na corrida eleitoral.
Além disso, o PSD de Gilberto Kassab confirmou apoio à candidatura da presidente Dilma Rousseff, o que deve frear uma candidatura independente do partido ao governo no estado de São Paulo. Há alguns meses, o ex-presidente Lula estaria tentando impedir uma possível entrada na disputa por parte de Kassab. Com isso, ainda foi cogitado ceder ao ex-prefeito de São Paulo o cargo de vice-governador na chapa de Padilha.
Na Bahia, os candidatos à disputa pelo Palácio de Ondina ainda estão indefinidos, mas o prefeito de Salvador, Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM), já desponta na liderança das pesquisas. De acordo com o Ibope, ACM Neto obteve 26% das intenções de voto, em pesquisa divulgada em agosto. Neto seria seguido por Paulo Souto, também do DEM, com 14%. Em terceiro, aparece o peemedebista Geddel Vieira Lima, com 13%. Da base governista, a senadora Lídice da Mata (PSB) obteve 6% dos votos, e o secretário da Casa Civil Rui Costa, candidato do PT, aparece com apenas 1%. A avaliação também leva em consideração as candidaturas do senador Walter Pinheiro (PT), que aparece com 4%, e o vice-governador Otto Alencar (PSD), que obteve 2%.
Para garantir a permanência petista no estado, Rui Costa estaria negociando apoio com ACM Neto, principal liderança democrata na Bahia, e também com a pré-candidata Lídice da Mata, que apresenta o melhor resultado da base do governo. Apesar disso, a cúpula do governador baiano, Jaques Wagner (PT), acredita que ACM Neto ainda possa vir a ser candidato em 2014, por conta do cenário extremamente favorável ao democrata. Sem ACM Neto, o DEM ainda garantiria a primeira colocação, com 33% dos votos para Paulo Souto.
Já em Minas Gerais, se as eleições acontecessem neste final de ano, o candidato do PT e atual ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, venceria com larga vantagem no estado mineiro, em pesquisa realizada pelo EM Data/UFLA/MDA, atingindo a marca de 39,7% dos votos. Em terreno tucano e, especialmente, de Aécio Neves, o PSDB lançou a candidatura do ex-ministro Pimenta da Veiga, que aparece com 12,7% dos votos, seguido do senador peemedebista Clésio Andrade, com 8,3%. Em um cenário com a presença do prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacera (PSB), Pimentel ainda segue na liderança. O petista tem 31,5% das intenções de voto, contra 19,9% do prefeito socialista. Em seguida aparece Pimenta da Veiga, com 10,2%.
No Rio Grande do Sul, a senadora Ana Amélia (PP) e o atual governador do estado, Tarso Genro (PT), aparecem em mais uma disputa acirrada nos governos estaduais. A progressista desponta na liderança, com 38,2% da preferência eleitoral, e o governador petista aparece em segundo com 31,8%. O possível candidato do PMDB, José Ivo Sartori atinge 5,4% dos votos, seguido de Vieira da Cunha (PDT), com 4,9%. Em um hipotético segundo turno, Ana Amélia venceria Tarso Genro, com 50,9% dos votos, contra 36,2% do ex-ministro.
Em pesquisa do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau, a sucessão do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), é liderada pelo senador petebista Armando Monteiro Neto. Em uma disputa com Fernando Bezerra Coelho, candidato de Campos, Monteiro ganharia no primeiro turno, com 26% dos votos, contra 12% do socialista. Caso o PT ainda lançasse uma candidatura própria, provavelmente com o deputado federal João Paulo, as eleições pernambucanas iriam para segundo turno. Monteiro apareceria com 23% dos votos, e o petista João Paulo somaria 14%. Fernando Bezerra Coelho fecharia a disputa com 11% dos votos. O PT ainda avalia se lança candidatura própria ou se apoia o senador.
Ainda sem candidatos definidos, o PSB não confirma a candidatura de Fernando Bezerra, mas o ex-ministro é tido como o nome mais cotado para disputar o governo de Pernambuco em 2014. Além dele, nomes como o do secretário da Casa Civil Tadeu Alencar, do vice-governador João Lyra, e do secretário de Fazenda Paulo Câmara, também foram levantados para a disputa do cargo.
Fonte: Gabriella Azevedo (Jornal JB)

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