Empolgados com os resultados do atleta olímpico baiano Isaquias Queiroz, que conquistou três medalhas, duas individuais, uma prata e um bronze, e uma segunda prata na dupla com Erlon Silva, o time paralímpico da canoagem é puro entusiamo. É a primeira vez que a modalidade é incluída na paralimpíada, mas os atletas brasileiros são veteranos em medalhas. A equipe tem a vice-campeã mundial Debora Raiza, 21 anos, prata no Mundial da Alemanha, e Luis Carlos Cardoso, 31 anos, tricampeão mundial.
“Isaquias deixou muita energia positiva para que nós possamos fazer nossa história agora”, disse o atleta, do Piauí, no saguão do Santos Dumont. Ele está na seleção brasileira desde 2012, aguardando a oportunidade. “Pode ter certeza que a canoagem vai marcar [a Rio2016]”, disse.
Antes de se praticar o desporto paralímpico, Luiz Carlos era dançarino profissional do grupo que acompanhava o cantor Frank Aguiar. Em 2009, teve uma infecção que paralisou os movimentos das pernas. Pouco depois, descobriu o esporte e se tornou uma referência.
Esgrima
Com a mesma alegria, a esgrimista Mônica Santos, 33 anos, faz sua estreia em uma paralimpíada. Ela é a primeira atleta brasileira com deficiência a ser campeã em um torneio internacional de esgrima e a primeira mulher a chegar a uma paralímpiada na modalidade florete. Ela busca repetir o resultado do campeão Jovane Guissone, que foi ouro no florete nos Jogos Paralímpicos de Londres e que também competirá no Rio. “Nós vamos atrás de novas medalhas”. A esgrima tem as modalidades florete, espada e sabre.
Nas Olimpíadas Rio 2016, os atletas Nathalie Moellhausen e Guilherme Toldo, na espada e no florete, respectivamente, conseguiram avançar até as quartas de final no individual, garantindo o melhor resultado para o Brasil em sua história e ajudando a popularizar o esporte. Para a Paralimpíada, que começa na semana que vem, Mônica espera o mesmo apoio da torcida.
“A família, o marido, a filha, os colegas do esporte que não conseguiram vir, mas que estamos representando com muito orgulho, vai vir todo mundo”, disse a gaúcha. “Contamos com a torcida e convocamos todo mundo para passar energia positiva”.
A atleta perdeu o movimento das pernas em 2002, após um angioma medular durante a gravidez. Começou no basquete paralímpico, antes de encontrar a esgrima. Suas últimas conquistas foram o ouro no florete e bronze na espada no Circuito Regional das Américas 2016.
Tênis de mesa
Apostando na torcida, Diego Moreira, 29, que também faz sua estreia na competição, pretende reunir a família do interior de São Paulo nas partidas de tênis de mesa. O atleta, que já foi bronze nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto, em 2015, acredita que a boa estrutura de treino no Brasil e o apoio aos atletas olímpicos e paralímpicos trarão bons resultados.
Para medalha de ouro, brinca, vai ser preciso bater “apenas” a tradição dos asiáticos. “A China, naturalmente, é muito forte, vai dar trabalho e os países europeus, que têm uma escola forte”, disse.
O atleta começou a praticar o tênis de mesa aos 10 anos, jogou até os 18, quando fez uma longa parada. Voltou dez anos depois, porque sentiu falta. Hoje, ele incentiva a prática.
A Rio 2016 vai reunir a maior delegação paralímpica do Brasil. Serão 279 atletas, sendo 181 homens e 98 mulheres, além de 23 acompanhantes (atletas-guia, calheiros e goleiros), mais 195 técnicos e profissionais administrativos ou de saúde. A expectativa é fazer a melhor participação e ficar em 5º lugar no ranking de medalhas na Rio 2016. Em Londres, em 2012, o Brasil terminou em 7º.
A paralimpiada será transmitida pela TV Brasil, em parceria com a Rede Pública de Televisão dos estados. O evento terá participação de 178 países, competindo em 22 modalidades.
Fonte: Agência Brasil
Fonte: Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário