quinta-feira, 9 de novembro de 2017

São Paulo inaugura exposição permanente sobre o Holocausto

Uma réplica em tamanho natural de um barracão de prisioneiros judeus, objetos e peças de vestuários, posters da propaganda nazista. Logo na entrada, a famosa frase do portão do campo de Auschwitz Arbeit Macht Frei (O trabalho liberta em tradução livre), seguida pela foto de Anne Frank, a garota alemã cujo diário se transformou em uma das mais conhecidas obras do período do Holocausto. Uma exposição inaugurada hoje (9) em São Paulo vai levar o visitante de volta ao passado para um período importante, embora trágico, da história mundial.
Considerado um dos episódios mais cruéis da humanidade, o Holocausto vitimou durante a Segunda Guerra Mundial mais de 6 milhões de judeus, entre eles 1,5 milhão de crianças, mas ainda é pouco conhecido entre os brasileiros, especialmente os mais jovens. Para preencher essa lacuna, oMemorial da Imigração Judaica inaugurou a exposição permanente sobre o tema e passa a se chamar, a partir de hoje, Memorial da Imigração Judaica e do Holocausto.
“Essa preservação da memória é fundamental e é feita no mundo inteiro, há museus do holocausto nas maiores capitais do mundo, então uma capital como São Paulo não podia deixar de ter seu Memorial do Holocausto”, diz o professor de história judaica Reuven Faingold, diretor de projetos educacionais do Memorial.
Desde sua concepção até sua inauguração, a mostra consumiu seis meses de preparação, com um eixo central: além de ser uma exibição de objetos, fotos ou vídeos históricos, é um local que produz um efeito sensorial no visitante. “Tentamos fazer um museu vivo, no sentido de que o visitante sinta na pele um pouquinho do que aqueles prisioneiros sentiram”, diz Faingold.

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