sexta-feira, 7 de junho de 2019

Grupo de Lima: aliados da Venezuela podem ajudar na solução da crise

Chanceleres Grupo de Lima

O Grupo de Lima, que reúne os governos do Brasil, da Argentina, do Canadá, do Chile, da Colômbia, de Costa Rica, da Guatemala, de Honduras, do Panamá, do Paraguai e do Peru, pediu ontem (6) que Cuba, China, Rússia e Turquia sejam parte da solução para a crise política na Venezuela. O grupo voltou a expressar seu apoio ao autodeclarado presidente do país, Juan Guaidó, como presidente interino do país.
Em comunicado, os países disseram condenar o anúncio feito pelo presidente Nicolás Maduro de convocar eleições legislativas antecipadas e reiteraram o apoio ao estabelecimento de um governo de transição e a celebração de eleições presidenciais "livres, justas e transparentes".
Segundo o grupo, o governo de Maduro é "ilegítimo" e responsável pela situação humanitária "cada vez mais grave do povo venezuelano”. No comunicado, o grupo diz que a permanência de Maduro no poder "representa um obstáculo para o restabelecimento da democracia na Venezuela e constitui uma ameaça à paz e à segurança que afeta principalmente a região”.
O grupo disse apoiar Juan Guaidó na busca de soluções para o restabelecimento da "democracia na Venezuela" e destaca a importância de aprofundar as relações junto aos países que ainda apoiam Maduro, em particular com Rússia, China, Cuba e Turquia.
O grupo disse que as agências internacionais, fundos e programas da Organização das Nações Unidas (ONU) devem aprovar esforços de acolhimento para ajudar no êxodo de venezuelanos, reforçando as ações de acolhida por parte dos países vizinhos.
No dia 20 de maio, Maduro propôs antecipar as eleições para a Assembleia Nacional, que é comandada pela oposição.  A maioria na Casa legislativa foi conquistada pela oposição na eleição realizada no fim de 2015, e as próximas eleições parlamentares estão agendadas para 2020. No mesmo dia, a Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela aprovou, por unanimidade, a prorrogação de funcionamento por mais um ano e meio, até 31 de dezembro de 2020.
Fonte - Agencia Brasil

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