Os mais de 2.000 animais do zoológico de São Paulo, o maior do Brasil e um dos maiores da América Latina, reinam em meio ao silêncio da quarentena, enquanto seus cuidadores redobram as precauções para evitar o contágio do coronavírus, principalmente entre gatos e primatas. Nas ruas do zoológico, sempre barulhento e cheio de visitantes, apenas o som da natureza ressoa desde o fechamento do estabelecimento às visitas de 21 de março, parte das estratégias de combate ao COVID-19.
Desde sua inauguração em 1958, o zoológico, localizado em um parque natural com uma área de 824.529 metros quadrados de Mata Atlântica - um dos biomas mais importantes e ameaçados do país - á recebeu mais de 91 milhões de visitantes. Mas agora, devido aos perigos impostos pelo novo coronavírus, os únicos autorizados a transitar diariamente são funcionários locais.
Mesmo assim, eles seguem um sistema de turnos alternados para reduzir a circulação de pessoas em até 50% e os riscos de contágio entre seres humanos, além de ser uma forma de proteger os animais.
As medidas de higiene também são rigorosas e o uso de luvas e máscaras é obrigatório.
O estado de São Paulo é o epicentro da pandemia no Brasil, com 34.053 infecções e 2.851 mortes, segundo dados oficiais registrados nesta terça-feira, e onde uma quarentena "branda" governa, já que o governo local não decretou o fechamento total de estabelecimentos. nem a proibição de circulação de pessoas.
"As medidas de isolamento fazem com que os animais tenham uma interação diferente quando comparados à rotina de visitas abertas, principalmente devido à emissão de ruído humano (praticamente inexistente), mas isso não indica que eles não estão bem ou que esse fato é causar qualquer problema ", explicou o veterinário do zoológico Fabricio Rassy.
"Embora haja uma mudança significativa na rotina humana e nas atividades das pessoas ao seu redor, a dos animais permanece praticamente inalterada", acrescentou.
Fonte: Agência EFE
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