
Nas últimas semanas, 67 deputados federais e pelo menos 148 deputados estaduais e distritais oficializaram mudança de partido, de acordo com informações da Câmara dos Deputados e Assembleias Legislativas regionais. Os números representam aproximadamente 12% dos 513 integrantes da bancada federal e 14% dos 1.059 parlamentares estaduais em exercício.
O último sábado (05) fixou o término do prazo para filiação partidária para os candidatos que pretendem se candidatar nas eleições de 2014, já marcada pelo intenso troca-troca de siglas por parte dos políticos. Apesar disso, os partidos podem enviar a lista dos filiados à Justiça Eleitoral até o dia 14 deste mês.
E nessa dança das cadeiras, as duas mais novas legendas que compõem o cenário político do país, o Pros e o Solidariedade, conseguiram abocanhar o maior número de novos afiliados, com 21 e 23, respectivamente, no contexto dos deputados federais. Logo atrás das siglas criadas este ano está o PSB, com cinco novos filiados, seguido pelo PP, com quatro, PR com três e PRB com dois novos membros. Os mais prejudicados foram o PDT, com nove membros perdidos sem conquistar nenhum novo, e o PMDB, que perde sete e ganha apenas um.
O mesmo PSB é, até o momento, o partido que mais perdeu deputados estaduais. Apesar de acrescentar o considerável número de 13 novos filiados, a legenda subtraiu 23 nomes da sua bancada, seguido pelo PSD, que perdeu 17 membros.
A não aprovação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do registro do Rede Sustentabilidade, da ex-senadora Marina Silva, na quinta-feira (03) contribuiu para a migração partidária de vários de seus apoiadores, que esperavam pela criação do Rede. Entre eles estão os deputados federais Miro Teixeira, que abandonou o PDT e seguiu para o Pros e Alfredo Sirkis, ex-PV e agora membro do PSB de Eduardo Campo e Marina Silva.
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