Maurice Lester Hall, um amigo de George Floyd que estava com ele no carro quando foi preso pouco antes de ser assassinado, disse nesta quinta-feira que a vítima não resistiu à prisão efetuada pela polícia de Minneapolis.
"Ele estava tentando desde o início, por humildade, mostrar que não estava resistindo de forma alguma", disse o homem de 42 anos, em uma entrevista publicada hoje pelo jornal "The New York Times".
"Sempre me lembrarei de ter visto o medo no rosto de Floyd porque ele era um rei. É o que eu sei que ficará comigo, vendo um homem adulto e direito antes de ver um homem adulto e direito morrer", disse Hall, sobre a morte de seu amigo, a quem ele diz ter encontrado em Minnesota, sem apresentado por um pastor protestante, apesar de ter a mesma origem texana de Floyd.
Hall, que tem três mandados judiciais por porte de armas de fogo, roubo e porte de drogas, deixou Minneapolis com destino a Houston (Texas), sem prestar depoimento na polícia dois dias após a morte do amigo porque, segundo o jornal, ele teria dado aos agentes um nome falso no dia do incidente.
"Quando todo mundo descobriu o assassinato de George Floyd, fui fazer uma oração onde o vi dar o último suspiro e partir", explicou ao jornal nova-iorquino.
No entanto, Maurice Hall foi preso na última segunda-feira por agentes do Texas e libertado algumas horas depois, depois de ser interrogado por um policial de Minneapolis que tinha ido ao Texas com o objetivo de falar com ele.
O depoimento do homem poderia servir para identificar outras duas testemunhas importantes, um homem e uma mulher que também estavam no veículo durante a prisão de Floyd, embora Hall diga desconhecer o nome da mulher, segundo o "NYT".
O procurador-geral do estado de Minnesota, Keith Ellison, endureceu as acusações ontem contra Derek Chauvin, o policial que foi gravado com o joelho pressionando o pescoço de George Floyd, que morreu logo depois, e incluiu os outros três policiais presentes local.
Fonte - Agencia EFE
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